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quinta-feira, 12 de julho de 2012

CRM Social, negócio social e consumidor social

 O mercado de CRM Social está cada vez mais aquecido e rico em oportunidades para empresas de diversos segmentos, mas ainda há muito a ser feito. As movimentações são constantes: recentemente, uma grande fabricante de impressoras anunciou novo software para o mercado de CRM Social. Dias antes, o Sales Force comprou por muitos milhões uma empresa de marketing nas redes sociais.

Se por um lado grandes players de tecnologia investem pesado em CRM e marketing em redes sociais, prevendo e propiciando uma revolução na maneira como as companhias gerenciam seus públicos de interesse, consumidores e profissionais de marketing ainda divergem, e muito, quanto à percepção e efetividade das iniciativas promovidas pelas companhias e suas respectivas agências e soluções.

Pesquisa recente conduzida pelo Ehrenberg-Bass Institute aponta que 99% dos fãs que curtem uma marca no Facebook não estão, de fato, “engajados” com a marca em questão. Segundo o estudo, isso acontece, basicamente, em virtude de o conteúdo e a estratégia empregada não agradarem o usuário.

Paradoxalmente, no mesmo levantamento, profissionais seniors de marketing demonstram acreditar que quem curte suas páginas criadas no Facebook são verdadeiros fãs e fieis à marca “socialmente trabalhada”. Para complementar o cenário, outra pesquisa da Evolve24, realizada em 2011, com mais de 1,2 mil pessoas que postaram reclamações no Twitter, revela que 71% dos ouvidos afirmaram não ter recebido nenhuma resposta de suas reclamações postadas no microblog.

Sabidamente, as empresas mais contatadas via redes sociais são das áreas de Varejo, Telefonia, Hospedagem e Viagens – setores “experientes” na interação com seus consumidores. Em geral, são companhias que têm na promoção e na fidelização de suas marcas e produtos a essência da prosperidade e lucratividade dos negócios.

O dado mais animador, ainda nessa sequência de números, vem de outra pesquisa que indica que 75% dos consumidores estão dispostos a gastar até 9% a mais com empresas que tenham bons serviços de atendimento ao consumidor. Ou seja, o consumidor valoriza cada vez mais a qualidade do atendimento, até mais que a própria marca, e está tirando de seu próprio bolso o recurso que assegura a boa reputação e a imagem de uma empresa nas redes sociais. Esse consumidor exigente, cada vez mais bem-informado e que sabe o real valor de seu network, é o chamado “consumidor social”. Ele é o protagonista e propulsor da revolução envolvendo empresas, consumidores, agências e desenvolvedores nas redes sociais.

As empresas que percebem o valor do consumidor social investem, criam estratégias e ações personalizadas para seus clientes e transcendem o modelo tradicional para o chamado “negócio social”. Normalmente, são empresas que inovam em seus mercados e estão bem à frente de seus concorrentes. A agência americana Social Brands publicou, recentemente, o estudo “Social Brands 100”. Consumidores e jurados escolheram por meio de votação online as cem marcas que consideraram mais “sociais”.

Como critérios básicos, essas marcas deveriam comprovar uma relação bilateral com os seus clientes, monitoramento constante das redes sociais e manutenção de um “comportamento social” adequado. O interessante do estudo é que a organização vencedora que obteve maior pontuação foi uma pequena companhia europeia de bebidas naturais, a Innocent drinks, desbancando a gigante Starbucks para a segunda posição.

Segundo o mesmo estudo, a fórmula da empresa foi realizar atividades nas redes sociais com naturalidade, como se fosse uma extensão da personalidade da companhia. Não é simples! Esse estudo nos ensina, sobretudo, um pouco mais sobre “a democratização do marketing”, uma vez que as grandes somas em publicidade perdem em resultado diante do crowsourcing e estratégias centradas no relacionamento.

Ao que tudo indica, a audiência está morrendo e dando lugar ao interativo social. Nesse sentido, a solução prática para as empresas que desejam aderir ao negócio social, como bem fez a Innocent, é mesmo o CRM Social. Como disse o autor e palestrante especializado em CRM, Paul Greenberg: “O CRM Social é a resposta das empresas ao consumidor social”.

Acredito, por mera observação e contato com clientes, que essa mudança que estamos presenciando será cada vez mais conduzida pelas pequenas e médias empresas, pois são elas que têm condições de iniciar uma estratégia de CRM Social em curtíssimo prazo, influenciadas pela experiência de outros grupos e até mesmo pela necessidade de acertar prontamente, assegurando assim a manutenção de sua posição de mercado.

São também essas companhias que têm condições de adotar as mudanças básicas que o CRM Social exige: envolver toda a organização, focar o processo no consumidor, criar canais dinâmicos, respeitar o horário que mais funciona para seus clientes e uma série de outras medidas. Em síntese, apostar no “R” de relacionamento e assumir o cliente como colaborador, abolindo mensagens passivas.

Ouço grandes empresas criando estratégias de longo prazo, integrando softwares que demandarão vários meses de implementação e outros mais para aprendizado. Quase sempre, são grupos demasiadamente preocupados com o sigilo de seus database off line. Contudo, não podemos esquecer de que para o consumidor entrar nas redes sociais, bastam poucos minutos. Uma vez conectado, ele já estará administrando um perfil online e público. Desse momento em diante, ele cria, compartilha e avalia conteúdos, considerando também novas marcas indicadas por seus contados e afinidades nas redes.

Como li no Twitter há pouco, “se não cuidar de seu consumidor, seu concorrente o fará.” Para as pequenas e médias, em geral, diria que as soluções de CRM Social mais indicadas funcionam como as próprias redes, bastando pouquíssimos passos para que entrem em funcionamento. A preços realmente competitivos (há softwares que trazem excelentes resultados e custam mais baratos que uma assinatura de TV a cabo), se implementados de forma estratégica são capazes de equilibrar um fenômeno bastante preocupante: a perda do consumidor social. Estudos apontam que a perda de um simples consumidor social pode superar R$ 10 mil.

A revolução social está em andamento e as empresas que perceberem e se adequarem o quanto antes diminuirão seus gastos e aumentarão seus resultados. Para os que duvidam, sugiro conhecer alguns cases de #fail nas redes sociais, em que várias grandes empresas perderam bilhões de dólares em poucos meses apenas por subestimar o valor do consumidor social e não estarem adaptadas à realidade do negócio social.

A hora de preparar-se para o consumidor do futuro é agora.


“Esta aí ela de novo. Não podemos ficar fora dela. O que você esta fazendo sobre este assunto?” Eduardo Faddul


Por:José Jarbas

quarta-feira, 11 de julho de 2012

3 passos simples para melhorar o resultado de suas negociações

Como transformar os resultados de seus esforços de vendas - uma tarefa complexa e repleta de subjetividade e variáveis. Em 3 passos focados para vendas que exigem relacionamento, refletiremos como podemos favorecer os resultados de nossos trabalhos comerciais

A venda é uma tarefa complexa, que conta com muita subjetividade e inúmeras variáveis. Para melhorar o resultado de negociações ao buscar ativamente um cliente, ou seja, ser pró-ativo coletando informações e oferecendo o que você tem a vender para um potencial cliente, descrevo a seguir três passos que poderão ser grandes facilitadores para melhorar seus resultados. Estes melhor se encaixam em negociações que envolvam grandes valores ou contratos, pois exigem relacionamento entre o potencial comprador e o vendedor.

1. Prospecte com foco e organização

Uma boa seleção de potenciais clientes é mais de 80% do trabalho de venda. Saiba quem serão seus clientes e qual é o seu foco de negociações. São grandes empresas? Médias/Pequenas? Pessoa física? Mora próximo? Qual a sua faixa de renda? Enfim, prospecte negociações que se enquadrem somente no perfil desejado. Liste estes potenciais clientes. Somente expanda o perfil ou amplie este foco se os resultados de suas negociações estejam insatisfatórios. Ainda assim, em muitos casos, é melhor reajustar o foco ou mudar a abordagem do que realizar prospecções de clientes que já estão a meio caminho de lhe dar um não.

Dica: Procure descobrir rápido o nome da pessoa que comprará o que você tem a oferecer e chame-a sempre por seu nome. Seja simpático e atente para não forçar um diálogo com um nível de intimidade que ainda não possui.

2. Seja organizado com as informações de seus potenciais clientes

Uma negociação é semelhante a uma investigação. Você deve procurar saber tudo que puder sobre o seu cliente e a necessidade dele. Estas informações são valiosas e fundamentais para embasar o seu discurso e sua postura mediante o cliente. Quanto mais você conhecer ele, mais facilmente se comunicará e saberá como ganhar sua confiança para oferecer-lhe o que tem para vender. Mantenha, portanto, ferramentas capazes de organizar e armazenar as diversas informações a respeito de seus potenciais clientes, que vão desde nome e informações de contato, a gostos, interesses, hábitos e características pessoais (introvertido/extrovertido, jovem/senior, formal/informal, etc.).

Dica: Faça contatos regularmente, mas sempre trazendo alguma informação útil e não somente repetindo o que já fora dito ou pressionando o fechamento. Disponha de uma ferramenta para armazenagem de informações de forma simples e rápida, e também para lembrar você de contatar seu prospect. Construa um resumo sobre o seu cliente conforme a negociação avança, para que lhe facilite entendê-lo.

3. Realize um acompanhamento comercial de qualidade, com discurso sincero, positivo e focado na solução do cliente

Se o seu potencial cliente está te ouvindo, ele possui interesse no que você tem para lhe oferecer. Saiba que assim como você se orgulha de uma boa compra, seu cliente quer ter certeza de que contratar sua empresa será uma decisão que lhe trará resultados e, às vezes, até mesmo reconhecimento na sua empresa. Sendo assim, ganhar a confiança do cliente é de grande valia para dar-lhe segurança em escolher você. Para isso, a sua interação com ele e o seu conhecimento sobre quem é ele serão grandes atalhos, por isso a importância das informações organizadas. Vá atualizando tudo o que for descobrindo conforme desenvolve seu relacionamento com este prospect. Procure entender que resultado seu cliente espera obter e, então, seu trabalho será mostrar a ele porque você VAI conseguir entregar aquilo a ele. Tendo a sua confiança, e estando dentro do preço e condições necessárias para satisfazer a sua necessidade, seu negócio estará praticamente fechado.

Dica: evite palavras negativas, seja cordial, jamais entre em discussão/discordância com ele, e antecipe todos os questionamentos que seu prospect possa lhe fazer (deixe perguntar, mas não o deixe sem resposta).

Como em qualquer outra apresentação, seja confiante, seguro, e estude o que você tem a dizer. Bons negócios!

"Nada mais correto que em período de vendas difíceis, mudarmos a estratégia de abrir o “leque”, para “focar” clientes. O resultado em vendas só aparece com esforço de persuasão". Eduardo Faddul


Por:Felipe Camozzato

terça-feira, 10 de julho de 2012

5 passos para elaborar um bom plano de marketing

Para especialistas, é essencial que o empreendedor avalie quem é o público alvo de sua empresa
  Estratégia: é recomendável que as estratégias e ações sejam registradas

São Paulo – Independente do tamanho de seu negócio, ter um bom plano de marketing ajuda a valorizar a sua empresa. “O planejamento de marketing auxilia no controle de gastos e no registro de ações para aumentar o número de vendas, por exemplo”, conta Marcos Bedendo, professor de marketing estratégico da ESPM (Escola Superior de Publicidade e Marketing).
Para Timothy Altaffer, professor de marketing do Insper (Instituto de Pesquisa e Ensino), um bom plano de marketing não precisa, necessariamente, ser um documento extenso, mas é essencial que o empreendedor registre quais ações deram certo ou não.
“Alguns empreendedores têm um feeling e bom senso para montar o seu próprio plano”, diz Bedendo. Entretanto, o acompanhamento de um especialista para elaborar as estratégias é recomendável. Com a ajuda dos especialistas, Exame.com montou um passo a passo de como fazer um plano de marketing:

1. Analise o ambiente de marketing
O primeiro passo é avaliar quais são os fatores externos e internos que podem influenciar a sua pequena empresa. “Além disso, é preciso analisar o segmento e o produto e ver quais são as capacidades do negócio”, explica Altaffer.
Para ele, é imprescindível que o empreendedor tenha humildade para colocar no papel quais são as suas forças e fraquezas, e o capital disponível que poderá ser usado nas ações de marketing, pois caso contrário, o plano não terá sustentabilidade a longo prazo.

2. Entenda quem são os seus clientes
Às vezes, o público alvo de sua empresa não é o consumidor. O público alvo de uma determinada marca de leite achocolatado, por exemplo, são as crianças, ainda que ela tenha um número grande de consumidores adultos. “Um plano de marketing tem que ser voltado para o público alvo”, diz Bedendo.
 Analisar o mercado também é importante, prestando atenção nas demandas, no potencial, na previsão de taxa de crescimento e de participação. De acordo com Altaffer, é preciso também entender como, por que e quando os consumidores usam o seu produto ou serviço. “A melhor pesquisa de mercado é a conversa do balcão; não pode é ter medo de perguntar”, ensina ele.

3. Analise os seus concorrentes
Avalie de maneira detalhada quem são e quais são os objetivos dos principais players de seu mercado. “É importante também olhar para outras empresas do setor que possa entregar os mesmos benefícios que a sua empresa”, recomenda Altaffer.

4. Defina suas estratégias e ações
Primeiramente, é necessário estabelecer o objetivo do plano. Por exemplo, se o empreendedor deseja aumentar o número de vendas, ele precisa entender de onde vem o faturamento de suas vendas e avaliar se o ideal é fazer com que os clientes comprem com mais frequência ou se a chave é buscar novos consumidores.
Em seguida, é hora de avaliar quais medidas serão adotadas pela empresa. Para os especialistas, utilizar as redes sociais, dar desconto no mês de aniversário do cliente são alguns exemplos de ações.

5. Estabeleça um cronograma
O monitoramento da duração de cada ação, os resultados e os recursos necessários que foram utilizados devem ser colocados no papel. “Quando você não tem isso registrado, fica difícil avaliar o que deu certo”, explica Bedendo.
Para Altaffer, todo plano de marketing não tem fim, pois é recomendável que este seja revisado, refeito e atualizado com dados como número de vendas, faturamento, rentabilidade, entre outros.

 "Neste artigo da Exame. com, Camila Lam detalha o que nunca podemos esquecer ao avaliarmos as nossas ações de marketing e vendas. Eduardo Faddul "

Por: Camila Lam, Exame





 

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Cuidado com a Meritocracia às avessas

Com o passar dos anos a palavra "Meritocracia" tem se incorporado no vocabulário de funcionários de empresas públicas e privadas. É comum nos dias de hoje, nos depararmos com projetos de implantação deste modelo, mas afinal o que consiste este tema que geralmente causa tanta polêmica nas organizações?


A origem da palavra Meritocracia é do latim mereo, merecer, obter. Em outras palavras, Meritocracia pode ser definida como um sistema onde o mérito pessoal determina a hierarquia, onde aqueles que estiverem mais preparados são escolhidos e promovidos. Então quer dizer que um funcionário que cumpre suas metas, mantém uma postura condizente com o seu cargo e tem um bom conhecimento das suas funções será recompensado? Não necessariamente, ou melhor, depende.


Ressoa muito bem ao pé do ouvido uma mensagem assim como muitos já devem ter escutado: "Nesta empresa, os melhores são valorizados e os ruins são depurados". Um lema desses mexe com a produção dos funcionários dedicados, pois ansiarão por obter metas cada vez mais desafiadoras, deixando-os orgulhosos por seu empenho ao final de uma dura jornada de trabalho porque estão almejando o reconhecimento. Ao perceber que a organização quer possibilitar uma melhora na vida de um funcionário, ele vai valorizar o seu trabalho e entregar mais do que entregaria habitualmente.


E este reconhecimento não precisa necessariamente estar atrelado a parte financeira. As pessoas gostam de se sentir acolhidas e de acima de tudo terem sua liberdade. Benefícios que vão além do reconhecimento público, como cafés da manhã, almoços, mais horas em sala de lazer, serviços de beleza para mulheres, esportes radicais para homens, cursos, viagens, entre outros são "recompensas" muito valorizadas pelos funcionários.


Mas é possível uma empresa não reconhecer os esforços de um bom funcionário, ou seja, praticar a "Meritocracia às avessas"? Sim e às vezes até sem se dar conta. Tomamos como exemplo a Empresa Y, que tem em determinada área o gestor Antônio que conta com dois funcionários do mesmo nível, Maria e João. Maria e João recebem o mesmo salário e os mesmos benefícios. João é pontual, cumpre prazos e metas, é confiável e suas entregas são de excelente qualidade. Maria ao contrário de João, possui um rendimento visivelmente inferior, chega atrasada, não cumpre prazos e efetua entregas incompletas.


Bom, mas até aí aonde está a falha da empresa? É visível que João é o merecedor de recompensas, mas de fato é o que ocorre? Não. Matematicamente falando, Maria ganha mais porque faz menos. Ou seja, ambos ganham o mesmo salario e os mesmos benefícios, porém Maria chega atrasada e se empenha menos. Se você se familiarizou com esta situação, CUIDADO! Este é o primeiro indicativo de que você irá reter "as marias" (perdíveis) e perder "os joãos" (imperdíveis).


O primeiro passo para evitar que situações como estas se tornem comuns em uma organização é a definição de regras de avaliação claras e visíveis à todos. A meritocracia e a avaliação desempenho caminham juntas e sempre foram questões polêmicas para a administração. Há muita resistência ao se "cobrar" atingimento de metas e mensurá-los, mesmo nos tempos de hoje, esta postura ainda é vista como autoritária.


Com a implantação de uma gestão por resultados nas organizações, pode-se verificar uma maior preocupação com o emprego de metodologias, e ferramentas que chegam bem mais próximo do desempenho do empregado do que antes. As empresas multinacionais são praticamente as pioneiras nesta implantação, e se tornaram as preferidas, pois é muito comum vermos que distribuem prêmios para os melhores avaliados e passam a ser o sonho de "consumo" de muitos.


Na verdade uma bonificação de cunho financeiro é sem sombra de dúvida, excelente, mas o mais importante é o funcionário sentir-se reconhecido e valorizado pelos seus bons resultados.


"Em períodos de vendas difíceis nada mais natural que tentar estimular a equipe de vendas mexendo na remuneração. É sempre bom lembrar que o caminho mais fácil não necessariamente é o mais efetivo para se atingir resultados. Ainda mais no curto prazo." Eduardo Faddul


Por: administradores.com.br

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Inadimplência alta é reflexo da desaceleração econômica do Brasil

O recorde de inadimplência dos brasileiros, que segundo dados do Banco Central divulgados nesta terça-feira, atingiu 6% em maio, é reflexo do baixo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país, afirmam economistas ao Jornal do Brasil. Apenas a retomada de investimentos públicos aliviará o bolso dos brasileiros, segundo especialistas.


Além disso, o comprometimento da renda das famílias para o pagamento das dívidas também aumentou, destaca o economista Luiz Fernando de Paula, professor da universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Este dado, segundo ele, evidencia que a desaceleração econômica do país já afeta a população, que agora não tem mais manobra dentro dos seus rendimentos para pagar suas dívidas.


“O crédito tem sido um dos motores do crescimento nos últimos anos, puxando os gastos de consumo para cima. Mas com a crise internacional e as exportações em baixa, a taxa deinvestimento tem caído, desacelerando o PIB. E, se ele cai, conseqüentemente, a renda diminui, o que prejudica as famílias endividadas. Ou seja, apenas com a retomada do crescimento da economia que os brasileiros retomarão a renda necessária para pagar suas dívidas”, explica.


"Olha ela ai gente. A gestão da Carteira de Clientes e o KPI Recebimento estão pelo visto fazendo furo. A chegada de clientes novos ou pedidos inusitados, muito acima do razoável devem ser analisados com cuidado. A gestão do risco da Carteira de Clientes deve ser entendida como prioridade. Nada de perder a venda, mas “ratear” o risco entendendo a Carteira de Clientes como um todo, desmontando as posições de risco demasiadas." Eduardo Faddul


Por: Jornal do Brasil

terça-feira, 26 de junho de 2012

A regulamentação da terceirização?



Diversificadas, fragmentadas e entrosadas nas redes, as atividades da indústria são cada vez mais especializadas. Surge neste cenário, o fenômeno da terceirização, que na avaliação do ministro do Tribunal Superior do Trabalho, Guilherme Augusto Caputo Bastos, é irreversível. Em concordância, o professor titular da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo, José Pastore, garante: "Não é possível fazer tudo, ninguém consegue fazer tudo. Estamos diante de produtos que seriam inviáveis se não fossem as redes", avalia.


Um ponto que também conta nesse processo é a concorrência - essencial para a economia. "A competitividade nos negócios gera necessidade de relacionamento com o cliente e faz com que surjam especialistas em relacionamento, que não existiam há 20 anos", observa o presidente da Flex Contact Center e presidente do conselho deliberativo da ABT, Associação Brasileira de Telesserviços, Topázio Silveira Neto.


Não é à toa que o Brasil é hoje a terceira indústria de telesserviços no mundo, mantendo 300 das 2 mil companhias especializadas e gerando 350 mil empregos diretos, de acordo com informações da ABT. Mesmo diante desses dados, o setor enfrenta dificuldades quanto ao posicionamento da Justiça do Trabalho em relação aos profissionais terceirizados. "A terceirização é importante e não vai retroceder, apesar das pancadas de muitos tribunais", garante o deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), autor do Projeto de Lei 4330/04 sobre a regulamentação da terceirização.


Funcionando como uma ferramenta mais econômica e eficiente, a especialização ainda tem muito a crescer e evoluir, na opinião dos especialistas. A segurança jurídica, inexistente no sentido de dar garantias as empresa, é um dos aspectos previstos no PL em andamento e que pode atrair empresas internacionais para o País. "O Brasil não escapa da necessidade que outros países tiveram de um processo regulatório", pontua o professor Pastore.


O PL 4330/04 se preocupa especialmente com a precarização da mão de obra, estabelecendo que a responsabilidade pelos trabalhadores dependerá da fiscalização. "A responsabilidade não é solidária, se houver fiscalização. No que a empresa fiscalizar, será subsidiária. E, no caso de algum problema trabalhista, a contratante deve reter a fatura do mês até que a prestadora resolva", detalha Sandro.


O PL segue na CCJ, Comissão de Constituição e Justiça, da Câmara dos Deputados, de onde deve seguir para a votação no Senado, se não houver nenhum recurso dos deputados. É preciso, agora, fazer valer os esforços e pressionar o Congresso Nacional pela aprovação do PL, ainda este ano, espera Mabel.


“ É por estas e por outras que o nível de serviços em atendimentos nunca melhora. O grande negócio de call center virou terceirização de mão de obra. Com um foco destes não dá mesmo para sair das barras dos tribunais. “Eduardo Faddul


Por: callcenter.inf.br 

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Venda de tablets cresce 351% no País



Os brasileiros estão aderindo cada vez mais aos tablets. Com a queda nos preços, as vendas crescem no País e avançam sobre notebooks e desktops (computadores de mesa). Mais de 370 mil aparelhos foram vendidos nos três primeiros meses do ano no País, segundo dados divulgados com exclusividade à 'Agência Estado' pela consultoria especializada em tecnologia IDC, o que representa um aumento de 351% sobre o mesmo período do ano passado.






Nos cálculos da IDC, o Brasil deve fechar 2012 com a venda de 2,5 milhões de aparelhos, ante 800 mil do ano passado - alta de 212,5%. Em 2010, foram 110 mil. O analista para o mercado de tablets da IDC, Attila Belavary, disse:


— A taxa de crescimento da venda de tablets é mais acelerada que a dos notebooks e desktops.


Neste ano, para cada quatro notebooks ou netbooks, deve ser vendido um tablet, projeta a IDC. No ano passado, essa relação era de dez para um. Já para cada sete notebooks e desktops este ano deve ser vendido um tablet, ante uma relação de 18 para um em 2011.


O grande indutor desse aumento é a redução dos preços. Algumas empresas nacionais já contam com os benefícios tributários concedidos pelo governo por meio do PPB (Processo Produtivo Básico), como a Positivo. Já as multinacionais Samsung e Motorola também usufruem da medida por fabricarem localmente. A estimativa da IDC era de que, no início do ano passado, apenas 3% dos tablets custassem abaixo de R$ 1.000, porcentual que se elevou a cerca de 33% nos primeiros três meses deste ano.


O diretor de Estudos de Mercado da consultoria IT Data, Ivair Rodrigues, explica o crescimento.


— Antes, eram poucas as opções e os tablets eram muito caros.


Atualmente, no mercado brasileiro há uma divisão básica entre três faixas de preços por marcas: o iPad, da Apple, na maior; o Galaxy, da Samsung, e o Ypy, da Positivo, entre outras, no meio; e os importados de marcas menos conhecidas, a maioria chinesa, na faixa de baixo.

— Os mais baratos representaram cerca de metade das vendas do setor em 2011.

Ele alerta, porém, que os consumidores podem ficar "decepcionados" com esses aparelhos, pela limitação tecnológica.

— Às vezes, os fabricantes reduzem os preços, mas os consumidores continuam preferindo o iPad.


Nacionais


A Positivo Informática lançou em setembro de 2011 o seu tablet, o Ypy, e as vendas superaram as expectativas, afirma a diretora de desenvolvimento de produtos, Adriana Flores. "Se tivéssemos mais produtos, poderíamos estar vendendo mais." Ela conta que o foco da companhia segue na classe média, com aparelhos na faixa de R$ 999 e sistemas operacionais em português. Não é objetivo da Positivo concorrer com o iPad.

Segundo ela, a empresa vai colocar em prática a segunda fase do projeto de seu tablet, com a diversificação dos produtos, após os testes para avaliar a receptividade dos consumidores.

— Não sabíamos nem como seriam as vendas do tablet entre os com 3G, mais caro, e os com Wi-Fi. Mas chegamos ao dado de que para cada oito com 3G sai um com Wi-Fi.

Sobre o 4G, ela diz que a empresa já tem planos para a nova tecnologia.

Na primeira fase, a Positivo focou nos aparelhos com telas de 7 polegadas. Agora, quer ampliar a venda do tablet com tela de 9,7 polegadas, também lançado em 2011. Ela evitou falar em números, mas destacou que a companhia pode facilmente ampliar a produção alterando as linhas da fábrica em Curitiba (PR) de notebooks ou desktop para tablets.

Outra fabricante nacional é a DL, cujo público são as classes C e D. As vendas começaram no primeiro semestre do ano passado, com cerca de 1.000 peças por mês, diz o diretor da empresa, Paulo Xu. Porém, cresceram apenas quando a empresa reposicionou os produtos na faixa a partir de R$ 399. No último trimestre do ano passado, as vendas mensais atingiram 86 mil peças.

— Não queremos as classes A e B. Queremos completar este mercado, com preços para atender todos os bolsos.

Neste ano, a demanda continua aquecida e a DL investe para aumentar a capacidade produtiva. De janeiro a maio, a produção já subiu 150% e, até agosto, a empresa projeta mais 300%, com foco nas encomendas de fim de ano das grandes redes varejistas.


Notebooks


Mesmo com a aceleração das vendas, os especialistas ainda enxergam espaço para o aumento das vendas de notebooks e desktops. Isso porque as taxas de penetração ainda são baixas, quando comparadas a mercados mais maduros. Segundo dados da FGV (Fundação Getúlio Vargas), existe cerca de um computador para cada dois habitantes no Brasil, enquanto nos EUA é de 1,1 para cada americano. Belavary, da IDC, destacou:

— Nos EUA já se vende quase um tablet a cada PC.


“Em um ano com poucas conquistas em vendas este é um resulta excelente resultado.” Eduardo Faddul


Por: R7 Noticias